A iniciativa inédita de produzir maracujá comercialmente está surpreendendo o técnico da Emater, Rudinei Pinheiro Medeiros. As primeiras frutas devem ser colhidas em 30 dias, prazo bem antes do previsto. O experimento está em andamento na propriedade de Valmor e Sirlene Nyeland, em Boa Esperança.
As mudas, produzidas pelo técnico no Laboratório de Botânica da Univates, foram plantadas em novembro passado e contando com condições climáticas favoráveis se desenvolveram rapidamente. “A previsão da primeira safra era 2019. O calor antecipou tudo e até agora o resultado está acima do esperado. O desenvolvimento das plantas e qualidade dos furtos estão acima do esperado”, disse Medeiros.
O plantio das mudas variedade maracujá ‘azedo’ ocorreu numa pequena área. “Os materiais (madeira e arame) necessários na cultura estavam disponíveis na propriedade. Aceitamos o desafio e a expectativa é muito grande para bons resultados”, comentou o casal.
Rudinei Medeiros destaca que a fruticultura é uma ótima opção para aumentar a renda. “O projeto visa incluir o maracujá num primeiro momento na merenda escolar e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). O município tem potencial para a cultura”, citou. O pomar doméstico pode ser implantado num pequeno espaço e sem grandes investimentos.
ESTUFAS
Na propriedade da família Nyeland são quatro estufas para produção de tomate (previsão de 3 mil pés) e pepino (4 mil). A produção é comercializada para merenda escolar, PAA e ainda supermercados de Mato Leitão, Venâncio Aires e Ceasa.
EXPOAGRO
Trabalhando há dois anos com maracujá, Rudinei coordena um projeto na Expoagro/Afubra. O trabalho, durante todo o ano, envolve plantas de seis variedades diferentes. O experimento poderá ser conferido durante o evento deste ano, nos dias 20, 21 e 22 de março.
FRUTA
O maracujá é uma fruta com a ‘cara do verão. Além de ser um calmante natural, a polpa é rica em vitaminas do complexo B e C, responsáveis pela manutenção de nossa saúde mental e emocional. O maracujá é apenas contraindicado em casos de pressão baixa: pela ação sedativa, a pressão pode cair ainda mais.
