Prefeitos do Vale do Rio Pardo se reúnem para debater sobre a paralisação no dia 25.
Chefes do Executivo dos municípios que formam a Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (AMVARP) se reuniram na tarde desta terça-feira, 15 de setembro, no prédio do Memorial, na UNISC em Santa Cruz do Sul.
Os trabalhos foram coordenados pelo Presidente da AMVARP e prefeito de Venâncio Aires, Airton Artus. Representado Mato Leitão, a Prefeita, Carmem Goerck, participou do encontro que tinha como pauta o debate acerca do transporte escolar da rede estadual e a paralisação no dia 25 proposta pela Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (FAMURS).
Além dos prefeitos, participou da reunião o Presidente da FAMURS e Prefeito da Cidade de Candiota, Luiz Carlos Folador, que aproveitou o momento para conversar com as autoridades do Vale do Rio Pardo sobre a crise que está sendo enfrentada pelo Estado e que tem fortemente atingido os municípios.
Entre as decisões tomadas na reunião está a de que os municípios pertencentes à AMVARP irão aderir ao dia de paralisação, idealizado pela FAMURS, no dia 25 de setembro, fechando a sua Sede Administrativa. A mobilização Estadual, no dia 25, tem o intuito de mostrar à população as dificuldades enfrentadas pelos municípios. A orientação dada aos Prefeitos é de que sejam paralisados os serviços das prefeituras, que sejam feitas manifestações com cartazes e faixas e que haja a distribuição de panfletos. A mobilização foi batizada de Movimento do Bolo, fazendo referência à pequena fatia destinada às prefeituras na divisão do bolo tributário. Hoje, 25% das verbas são divididas entre os Estados, 57% União e apenas 18% dos recursos ficam para os municípios.
A Prefeita, Carmen Goerck, salienta que nesta sexta-feira, 18, durante a reunião de Secretários Municipais serão debatidas estratégias para realizar a mobilização na Cidade das Orquídeas. Carmen ainda destaca que o dia de paralisação não deverá afetar os serviços na área de saúde e educação.
Outro assunto debatido diz respeito ao transporte escolar dos alunos da rede estadual. Os prefeitos relataram durante a reunião a dificuldade de manter o transporte escolar, tendo em vista o atraso de 60 dias no envio de recursos por parte do Estado, que correspondem a este pleito. Mato Leitão também encontra dificuldade neste setor, no que diz respeito ao pagamento das empresas terceirizadas. A previsão é que o déficit de recursos até o fim do ano no município de Mato Leitão seja de R$ 649,1 mil. O valor foi retirado de uma pesquisa realizada pela FAMURS com base em projeções do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) e Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).