O Rio Grande do Sul é o estado com onde se registra o maior número de podas e também de queda de árvores. O trabalho de poda, como em outros lugares, serve para tirar galhos mais velhos, para formar uma copa mais bonita e tirar galhos entre fiações aéreas.

O engenheiro florestal Antônio Augusto Machado, responsável pelo Departamento de Meio Ambiente, destaca a importância de buscar informações sobre o assunto antes de realizar o serviço. Com o passar dos anos a poda foi se tornando cada vez mais ‘radical’, chegando hoje ao extremo de não sobrar nada de copa verde, criando-se uma cultura de executar o serviço sempre nas proximidades do inverno.

Antônio Machado explica que, na verdade, existem tipos de árvores diferentes aquelas chamadas de ‘caducifólias’ que perdem suas folhas naturalmente no inverno e precisam de podas leves. “É como se hibernassem nesse período. Já as ‘perenifólias’ não perdem essas folhas ou só pequena parte da copa e por isso continuam necessitando de folhas no inverno para se alimentarem. Uma poda drástica faz com que essas árvores enfraqueçam por não ter folhas para gerar energia”, disse.

A poda drástica é crime ambiental
A poda drástica é crime ambiental

Outro fator é que cada poda gera um ferimento na árvore por onde entram micrororganismos que causam podridão. “Essa é a explicação de tantas árvores em situação precária (doentes, apodrecidas internamente) e que gera várias quedas em nosso estado”, citou. Machado destaca que a poda radical é crime ambiental, segundo o artigo 56 do decreto 6.514/08. “Outros tipos de podas podem ser realizadas, mas de forma adequada respeitando o meio ambiente. Procure informações sobre o assunto na Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente”, completou.