O Governo do Estado ainda não pagou aos municípios a primeira parcela da dívida na área da saúde. Em dezembro de 2015, o governador José Ivo Sartori atendeu pedido da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) e se comprometeu a realizar o pagamento de R$ 291 milhões, em recursos atrasados, em 24 vezes. A primeira parcela de R$ 12 milhões deveria ter sido depositada na conta das prefeituras em 31 de janeiro de 2016, no entanto, o depósito não aconteceu. A Famurs cobra que a situação seja regularizada até o final desta semana para que o acordo não perca a credibilidade, uma vez que esses repasses são fundamentais para a manutenção de diversos programas implantados nas cidades gaúchas.

O governo do Estado acumula atrasos na transferência de recursos para programas municipais relacionados à saúde desde 2014. A falta dos repasses atinge a prestação de serviços essenciais como a Farmácia Básica. Ao todo, 14 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) permanecem fechadas por falta de recursos. Há problemas em cidades como Venâncio Aires, onde a Prefeitura foi obrigada a paralisar uma ambulância do Samu, em São Lourenço do Sul, onde aconteceu a demissão de 18 funcionários da Equipe de Saúde da Família e em Três Passos onde foi suspenso o Primeira Infância Melhor (PIM).  Em Mato Leitão os atrasos dos repasses estaduais já somam R$ 398.850,91, incluindo o ano de 2014, 2015 e a primeira parcela de 2016. No entanto, mesmo com este déficit no repasse dos recursos todos os programas da Saúde foram mantidos, através de recursos próprios.

11 de fevereiro de 2016- Saúde