Apesar da estiagem que afeta diversos municípios gaúchos, os ervais em Mato Leitão apresentam bom desenvolvimento da planta. Informações sobre a cultura foram divulgadas nesta semana pela Emater, em nível estadual.
O extensionista rural da Emater/RS-Ascar, Rudinei Pinheiro Medeiros, tem realizado visitas técnicas aos ervais e constatado a produção de frutos/sementes em quantidade satisfatória e com boa brotação de folhas. “Em 2022 as plantas estavam com estresse hídrico muito forte e tiveram muito mais sementes do que brotação de folhas. Neste ano, apesar da estiagem, a brotação de folhas está muito maior e a produção de sementes, menor”, observa.
O extensionista explica que em 2023 o desenvolvimento dos ervais está dentro do esperado. “O objetivo deste ano é que a brotação de folhas novas normalize, produzindo mais folhas do que sementes. Para o produtor isso é importante, pois quanto mais folhas as árvores produzirem, mais renda ele terá”, explica.
Já para a produção de sementes e, consequentemente, de mudas de novas árvores, Medeiros explica que existe um trabalho desenvolvido pela Emater/RS-Ascar, Embrapa e universidades visando à produção de matrizes específicas para a produção de sementes. “Dessa forma, os produtores não utilizam as sementes dos ervais que, em geral, não resultarão em mudas de tão boa qualidade para a produção de folhas”, disse.
A implantação de técnicas de manejo de solo como forma de reduzir a perda de água do solo é uma estratégia que pode ser utilizada pelos produtores rurais. Manejo de plantas de cobertura, por exemplo, além de manejo cultural com a sobra de roçadas em torno das erveiras, ajuda a evitar a perda de água do solo por evaporação e, consequentemente, aproveitar melhor a água quando ocorre chuva.
Em Mato Leitão são cultivados 125 hectares com erva-mate. A atividade é desenvolvida por 40 famílias, que juntas somam uma produção que varia de 400 a 600 arrobas por hectare, comercializada para ervateiras da região.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Emater/RS-Ascar – Regional de Soledade