Garantir produção, qualidade e rendimento sem depender só da água que vem das nuvens. Esses são alguns dos motivos que motivaram o agricultor Osmar Renê Bick em trabalhar com irrigação numa lavoura de tabaco.

Numa área de aproximadamente 1,5 hectares, na Vila Arroio Bonito, o produtor usa o sistema (aspersão por canhão) no cultivo de 16 mil pés de tabaco. “Os equipamentos já tinham sido adquiridos há muito tempo. E, há cerca de quatro anos, coloquei pra funcionar. Depois do tabaco quero usar a irrigação para cultivar repolho e até milho. A expectativa é muito boa”, afirmou.

O chefe do escritório local da Emater, extensionista rural Rudinei Pinheiro Medeiros, reforça que ‘água é tudo’. “Do jeito que o clima se apresenta com precipitações de chuva muito irregulares e até estiagens, a irrigação é uma ótima alternativa. Nesta mesma propriedade, conseguimos ver a diferença no tabaco, em áreas com e sem irrigação”, disse. Medeiros reforça que, com a utilização do sistema e um manejo correto, a chance de êxito numa cultura é muito grande.

Osmar Bick revela que o sistema de irrigação é totalmente autossustentável. “A energia é gerada por placas solares. Já a água é retirada de açudes que tenho na propriedade, aproveitando nascentes. Mantenho áreas de preservação que garante água”, destacou. O agricultor reforça que o sistema é colocado em funcionamento somente quando é necessário. “Se falta a chuva, uso a água da irrigação. Isso me garante qualidade e rendimento na lavoura”, reforça.

Um dos principais benefícios da irrigação é a redução do risco de perdas excessivas em épocas de pouca chuva ou até estiagem.

SEMINÁRIO

O projeto de irrigação é acompanhado de perto pala Secretaria Municipal da Agricultura e Emater/Ascar. Osmar Bick, juntamente com os técnicos da Emater, farão parte de Seminário Regional de Irrigação que acontecerá em Rio Pardo.

“Esse trabalho com as observações do agricultor será apresentado neste encontro. O seminário está marcado para 11 de dezembro, no Parque da Expoagro”, informa Rudinei Medeiros.

PRÓXIMA GERAÇÃO

A tecnologia ganhou ainda mais importância na propriedade da família Bick. O filho Orion, de 26 anos, a partir deste ano passou a trabalhar diretamente com o pai. Nos últimos seis anos, ele atuava como motorista e agora resolveu voltar para Arroio Bonito e seguir com as atividades na agricultura. Com a fumicultura, nesta safra, são 68 mil pés de tabaco. A sucessão familiar na agricultura é o processo de transferência de uma propriedade rural de uma geração para a próxima, dentro da mesma família.