As prefeituras do Vale do Rio Pardo aguardam definição do governo estadual para o pedido de cogestão no modelo de distanciamento social. A região foi definida em bandeira preta, que significa nível altíssimo na transmissão da Covid-19.

Os prefeitos, reunidos em assembleia da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) tinham duas possibilidades, a primeira delas era pedir a reconsideração, que deveria ser encaminhada até às 10h30min deste domingo (21). O Estado recebeu dez pedidos, porém, os prefeitos locais optaram pela cogestão.

O pedido de cogestão (regras de bandeira vermelha) foi enviado à Secretaria de Articulação e Apoio aos Municípios (SAAM). A revisão do plano de cogestão é necessária pelo fato de a região nunca ter estado na bandeira preta. As regras devem ser revisadas pelo menos uma vez a cada cor de bandeira. Como isso nunca ocorreu no caso da bandeira preta a revisão é necessário.

Outro fato que chama atenção é uma reunião, que ocorre às 10h desta segunda-feira (22) entre o governador Eduardo Leite e a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs). O objetivo do encontro é reavaliar o modelo de cogestão e nos bastidores há quem comente sobre uma possível nova suspensão do modelo, para gestão total do Estado.

PRETA

Onze das 21 regiões foram previamente classificadas com o nível mais alto previsto no sistema de enfrentamento à pandemia, o que representa 68,4% da população gaúcha – mais de dois terços.

Até então, o RS só havia tido duas rodadas com bandeira preta: na 32ª semana (de 15 a 21 de dezembro), com duas regiões, e a última, na 35ª rodada (de 5 a 11 de janeiro), com uma bandeira preta. As regiões em bandeira preta nesta 42ª semana são Canoas, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Erechim, Lajeado, Novo Hamburgo, Palmeira das Missões, Passo Fundo, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul e Taquara. As outras 10 regiões foram classificadas em bandeira vermelha, que indica alto risco epidemiológico.

COMÉRCIO

Os prefeitos buscam também junto ao governo do Estado, em caso de bandeira preta, a flexibilização das restrições, permitindo a abertura do comércio e o trabalho dos prestadores de serviço, com limitações, assim como ocorre na indústria e construção civil.

A solicitação foi discutida dentro do Colegiado de Chefes do Executivo e tem a chancela do Comitê Técnico Regional de Enfrentamento à Pandemia da Amvarp. Os prefeitos defendem que os pequenos empresários e os trabalhadores que movimentam a nossa economia estão abertos de forma responsável e cumprindo os protocolos.