A propriedade de Odair José Becker, na Vila Arroio Bonito, faz parte de uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) sobre o cultivo da mandioca. A cultura tem grande representatividade no município.
Dados da Secretaria de Agricultura e Emater/RS apontam que 273 famílias cultivam o aipim em escala comercial, o que representa 350 hectares. A potencialidade do Município chamou a atenção dos integrantes do grupo de pesquisa Simanihot da UFSM. Em outubro do ano passado, eles instalaram uma Unidade de Observação de Mandioca na Vila Arroio Bonito, na propriedade da família Becker.
Após sete da instalação, o grupo voltou a Mato Leitão no último sábado, 5, para realizar a colheita das cinco variedades que foram plantadas. Agora, o grupo irá analisar a produtividade de raízes e da parte aérea da mandioca. O resultado deve ser divulgado nos próximos meses. “Vamos analisar o peso das raízes e será realizada a separação da planta em folhas, hastes e raízes, posteriormente colocando em uma estufa a 60 graus. Após a secagem, esse material é pesado e se tem o peso seco de cada parte da planta, explica a engenheira agrônoma Kelin Pribs Bexaira, integrante do Simanohot.
O extensionista rural da Emater de Mato Leitão, Rudinei Pinheiro Medeiros, destaca que o estudo é importante para a cultura que tem grande expressão no município. “Temos uma alta produção e produtividade em várias propriedades rurais”, disse. “A pesquisa e a extensão rural irão ajudar o produtor na questão de tratos culturais, problemas fitossanitários na cultura e estudo de novos cultivares de mandioca que podem ter uma produtividade significativa no município, ajudando o produtor a ter maior renda na cultura produzida nas propriedades”, completou.
VENÂNCIO
Variedades de mandioca também foram plantadas em Linha Herval, Venâncio Aires, na propriedade de André Luiz dos Santos. A mediação entre o grupo de pesquisa e os produtores foi feita pelos técnicos da Emater dos dois municípios.
UNIDADES
O grupo de pesquisa instalou 16 unidades de observação no Rio Grande do Sul, neste último ano, além de duas em Santa Catarina e uma no Paraná. O objetivo é observar os fatores que limitam a produtividade, qual o manejo do produto em cada região e como ele controla as plantas daninhas.
Fonte: Folha de Mato Leitão