Agregar renda na propriedade e oferecer um produto diferenciado aos consumidores. Os agricultores Antônio José Oss, da Boa Esperança Alta, e Mateus Pellanda, de Palanque Pequeno, buscam certificação oficial de produtos orgânicos. A documentação, através da Organização de Controle Social (OCS) Terra Forte, está em análise no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
A iniciativa inédita no Município conta com o apoio dos técnicos da Emater/Ascar e Secretaria da Agricultura e Meio Ambiente. A OCS Terra Forte, reúne 19 famílias (13 já possuem o certificado) de Venâncio Aires, Passo do Sobrado, Vale Verde e Santa Cruz do Sul. O ingresso dos agricultores locais ocorreu em novembro do ano passado após auditoria do grupo nas propriedades.
Nesta semana, quarta-feira (19), os integrantes da OCS participaram de um dia de campo em Mato Leitão. No Sítio da Terra, Mateus Pellanda cultiva hortaliças, morango, aipim e mel. Já Antônio Oss, na Boa Esperança, trabalha com tomate cereja, quiabo, feijão vagem, alho e mini pimentão.
“É uma iniciativa inovadora em Mato Leitão. O certificado vai agregar valor aos produtos na venda direta ao consumidor e nos programas oficias como merenda escolar e PAA. Estão no caminho certo buscando informações”, disse o técnico Rudinei Medeiros, da Emater.
EXPERIÊNCIAS
Nas duas propriedades, agricultores e extensionistas da Emater trocaram experiências sobre técnicas de manejo para garantir a conformidade orgânica da produção e melhorar a viabilidade técnica e econômica dos cultivos. Também foram discutidos temas como legislação de produtos orgânicos e comercialização.
ORGÂNICOS
Diferente da produção convencional, a produção de orgânicos não utiliza agrotóxicos, transgênicos ou fertilizantes sintéticos. São isentos de quaisquer resíduos de agroquímicos prejudiciais à saúde humana e animal, são mais seguros para o consumidor e não contaminam o meio ambiente.
