Alunos das escolas de Mato Leitão, que apresentam dificuldades visuais, serão beneficiados no projeto Compartilhando a Dádiva da Visão, iniciativa do Lions Club Lajeado Florestal. O trabalho comunitário, que envolve exames e doação dos óculos, teve importante etapa no último sábado, dia 04.
Um grupo de crianças passou por exames com um profissional da área num ônibus da Fundação Leonística de Assistência Social Distrito LD3. O coletivo, equipado com vários aparelhos, atua no projeto atendendo em vários municípios da região. O projeto social surgiu a partir da constatação de que crianças perdem a visão pela falta de percepção dos pais, por incapacidade financeira para um tratamento ou pelo desconhecimento sobre o tema.
A professora Letícia Heinen, que atua na Escola Santo Antônio de Pádua, coordena o projeto no Município. “Quem recebeu a receita já escolheu a armação. As mesmas já foram encaminhadas para ótica objetivando colocação das lentes. Assim que estiverem prontas, as famílias serão avisadas para fazerem a retirada”, disse. O projeto é totalmente gratuito, sendo patrocinado pelo Sicredi e Construtora Zagonel.
Os alunos inscritos no projeto, através da Secretaria da Educação, e que não compareceram ao atendimento no último sábado serão encaminhados para Lajeado. O exame consiste na avaliação da capacidade de enxergar com nitidez, distinguindo formas, cores e tamanhos. Cerca de 80% das deficiências visuais podem ser prevenidas ou curadas se identificadas e tratadas em tempo hábil.
VALE A PENA
Pâmela Gabrieli da Silva, 14 anos, aluna do 6ª Ano da Escola Santo Antônio de Pádua, é uma das beneficiadas no projeto. Acompanhada pela mãe, ela fez a avaliação e escolheu a armação dos óculos. “Vale a pena aproveitar essa chance. É sempre difícil conseguir uma consulta e pagar os óculos. Não dá pra perder”, disse a dona de casa Eloá da Silva, residente em Palanque Pequeno.
“Nós (professores) percebemos as dificuldades de aprendizagem de crianças na sala de aula, por conta de deficiência visual. Sem esse apoio muitas famílias não teriam condições para resolver o problema”, disse Letícia Heinen